Profissionais de economia criativa devem ser mais polivalentes

Executivos que atuam no setor dizem que a qualificação é um diferencial

Da Editoria de Economia

A professora Sandra Lima fala da importância do profissional de economia criativa ser melhor qualificado / Fernando da Hora/JC Imagem

A professora Sandra Lima fala da importância do profissional de economia criativa ser melhor qualificado

Fernando da Hora/JC Imagem

No mercado de economia criativa não estão surgindo novas profissões, mas há uma demanda por profissionais mais qualificados e polivalentes inclusive no uso de novas tecnologias. “Há uma ótica de design atuando em várias áreas e se fortalecendo na economia criativa. Pessoas físicas começam a produzir para uma venda que é pequena, personalizada desenvolvendo projetos na área de robótica, moda, arquitetura, design de produtos, design inclusivo – que inclui próteses, óculos para pessoas cegas usando sensores que identificam obstáculos acima da cintura, entre outras coisas –”, diz a co-fundadora do Fab Lab Recife, Vick Fernandez, também coordenadora do curso de moda Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso).

Instalado na Zona Norte do Recife, o Fab Lab é um laboratório de prototipagem digital vinculado ao famoso Massachusetts Institute of Technology (MIT). Lá, pode se usar equipamentos geralmente utilizados pela indústria. “É possível fazer uma maquete em 3D muito próxima da real, pagando apenas pela hora da máquina. Também há um dia que os equipamentos podem ser usados de graça”, conta Vick. As ideias criativas podem usar uma rede de laboratórios que estão espalhados nas faculdades e também em espaços especificas como o Porto Mídia, o braço de economia criativa do Porto Digital, e até no Marco Pernambucano da Moda, no Bairro do Recife.

O uso de novas tecnologias e o fato das várias áreas da economia criativa estarem interligadas também requer muitos dos seus empreendedores mais versáteis. “As pessoas estão se reconfigurando na área de cinema, fotografia, design de moda. O mercado está exigindo essas reconfigurações e as instituições de ensino têm que estar atentas para suprir esse conhecimento demandado pelo mercado, com profissionais mais qualificados”, diz a professora de publicidade e propaganda da Aeso, Sandra Lima.

Ela também é coordenadora da Inata, que começou como uma agência piloto de publicidade na Aeso e hoje é um birô criativo desenvolvendo trabalhos para o terceiro setor com a participação de pelo menos 12 alunos de diversos cursos por semestre. “Fazemos produção de conteúdo, propaganda , campanhas promocionais, eventos, projetos para a internet e de responsabilidade social. São desenvolvidos produtos para o mundo real. Os alunos estão entendendo que a publicidade não é só propaganda, mas inclui outras áreas”, conta.

 

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