Prá quem ainda não entende Economia Criativa – Segue um exemplo!

Do site – http://www.fecomercio.com.br/projeto-especial/sp463/rua-augusta

A passagem de bonde que se tornou centro comercial 
Rua que cruza a Avenida Paulista atrai lojas, bares e cinemas pelo grande fluxo de pessoas

Não há uma conclusão sobre o motivo da escolha do nome da rua ou sobre quem foi Augusta. Historiadores consideram que o português Mario Antonio Vieira, proprietário dos terrenos da região no fim do século 19, batizou a via dessa forma para designar um título de nobreza, e não um nome próprio.

A partir de 1891, com a inauguração da luz elétrica na região, o bonde que percorria a rua de paralelepípedos, ligando o bairro dos Jardins ao centro da cidade, passou a funcionar movido por eletricidade. Ao longo do século 20, residências que ocupavam os loteamentos da rua deram lugar a comércio, bares e cinemas conforme a via passou a receber um fluxo maior de pessoas. Em 1991, a estação Consolação do Metrô foi inaugurada, aumentando ainda mais o número de transeuntes.

Tão intensos quanto a Augusta, comerciantes não têm medo de inovar
Em busca de colocar mais arte no mundo, lojas têm formatos tradicionais ou coletivos

Estar sempre em busca de atualizações e de formas de se aproximar dos desejos do público é denominador comum entre os proprietários de lojas sediadas na Rua Augusta. “Nosso lema é colocar mais arte no mundo”, afirma um deles para a reportagem deste especial. Objetos exclusivos feitos por artistas brasileiros, curadoria de produtos importados, além de humor e irreverência são agregados ao que está à venda.

É possível encontrar negócios familiares e marcas novas entre os pontos comerciais, bem como lojas alternativas e espaços com modelo colaborativo (onde vários pequenos produtores podem expor seu material e acessar mais clientes com facilidade). De lojas que imprimem camisetas customizadas pelo próprio consumidor em poucos minutos a barbearias ou cabeleireiros que são brechós e cafés ao mesmo tempo, tudo pode ser encontrado na Augusta. Os vendedores, em geral, fazem parte da identidade da loja.

De A a Z: para comprar na Rua Augusta, só não vale ser careta
A via é conhecida como plataforma que une pessoas e faz todo mundo se cruzar

Durante a semana a Rua Augusta é povoada por executivos, trabalhadores e office boys que, a partir de quinta-feira e durante os fins de semana, misturam-se também a estudantes, turistas, curiosos e pessoas à procura de eventos e produtos alternativos.

Não se sabe se são as pessoas que dão essa característica à rua ou se a via é que dita a identidade de seus transeuntes – na Augusta, cabelos coloridos, tatuagens e piercings da capital paulista parecem estar “concentrados” e cruzam diariamente com ternos e gravatas. O perfil diverso dos pedestres (e possíveis consumidores) está impresso nos produtos expostos. A rua pode ser dividida de acordo com o público que a frequenta: quando desce em direção aos Jardins é conhecida como “Alta Augusta”, onde estão as galerias Ouro Fino e Le Village. Já quando vai em direção ao centro, é conhecida como “Baixa Augusta”, onde se concentram bares e baladas.

Augusta: essência da diversidade
“Rua sem preconceitos” representa a essência da juventude para os paulistanos

A Rua Augusta é vista por muitos como “a cara de São Paulo”, pela diversidade dos estabelecimentos abertos durante o dia ou à noite. Há cinemas, bancos, igrejas, teatros, lojas e galerias dividindo calçadas harmoniosamente. Quem trabalha no local divide a Augusta com os que estão apenas aproveitando o espaço urbano.

A via é ao mesmo tempo alternativa, moderna, vintage e contemporânea. Há também diversidade nos encontros que ela testemunha, sejam amizades, convivências profissionais ou relacionamentos amorosos. Para os paulistanos, a rua representa a juventude que cria e “inventa moda”.

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