Empresa de impacto social doa 51% dos lucros para a educação de jovens

Por Paula Monteiro Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Empresa de impacto social doa 51% dos lucros para a educação de jovens

Durante todo o mês de dezembro o Pequenas Empresas e Grandes Negócios mostrou os negócios que vão ser tendência no futuro. Entre eles, estão as empresas de impacto social, como a que a Luana Rizzi montou com um sócio.

“A nossa empresa nasceu com objetivo de gerar recursos pra educação de jovens em situação de vulnerabilidade social este é nossa essência e razão de existir. A venda do produto é um jeito novo de fazer isso de forma sustentável”, conta Rizzi.

A empresa começou em 2017 e hoje produz seis tipos de produtos, entre snacks e cookies. Nos primeiros 18 meses, faturou R$ 2 milhões. Parte do lucro vai para projetos educacionais. No contrato social da empresa já está estabelecido que sempre 51% do lucro será doado. E se a empresa não tiver lucro, será 10% da margem liquida. A empresa já beneficiou 250 educadores e 12 mil crianças.

O valor já é embutido no custo dos produtos. Quem compra um produto da empresa pode ver na embalagem o impacto que ele causa na educação. Um pacote de um snack, por exemplo, corresponde a 14 minutos de aula em institutos parceiros.

Para estruturar a empresa nesse modelo de negócio, Luana teve apoio de uma consultoria que acredita que empreendedorismo social é o futuro. O consultor Marco Garoni explica que qualquer empresário pode se mobilizar e conectar sua forma de empreender com intenção de gerar impacto positivo.

Um dos projetos já apoiados pela empresa de snacks fica em Santo André, na Grande São Paulo. Foi criado em 2008, pelo maestro Rogério Schuindt, para ensinar música a crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Em 10 anos, 600 crianças e adolescentes passaram pelo projeto. Meninos como o Jonatas Rodrigues de Souza, que hoje, além de aprender a tocar trompete, também trabalha na lutheria, a oficina de instrumentos do projeto.

Como ter uma empresa de impacto social

Você sabe o que é sistema B? É um selo de certificação internacional para empresas que investem no modelo de negócio de impacto social ou ambiental. O consultor Haroldo Torres explica que quem está dentro do sistema B se afirma como empresa que quer ser melhor para o mundo.

Se o empreendedor tem uma empresa e quer participar dessa tendência, a dica da empresária Luana Rizzi é saber que negócio de impacto só funciona se isso tiver incorporado na essência do empreendedor, se ele de fato considerar isso parte de prioridade do negócio.

Os segmentos que têm potencial para se tornarem negócios de impacto social são: reciclagem, microcrédito, agricultura familiar, educação, saúde, energia renovável e habitação, informa a consultoria Din4mo.

E é bom o empreendedor ficar atento, pois o consumidor do futuro, cada vez mais, quer um propósito atrás do produto que ele vai comprar. Isso já é comprovado por pesquisas mundiais de comportamento do consumo.

DOS ANJOS

ORQUESTRA LOCOMOTIVA

CASA SANTA LUZIA

COOP – COOPERATIVA DE CONSUMO

DIN4MO

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