Promover a manifestação cultural popular e periférica é desafio do novo secretário de Cultura do ES

Por Luiza Marcondes, G1 ES – em 

A promoção da manifestação cultural popular e periférica é desafio apontado por novo secretário de cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha. Artista e produtor cultural, é diretor do Fábrica.Lab e coordenou a Estação Porto. Ao G1, ele falou sobre a importância da finalização da construção do Cais das Artes para a cultura capixaba e considera o espaço como a maior equipamento da cultura capixaba.

G1 realizou uma série de entrevista com os secretários nomeados pelo governador eleito Renato Casagrande (PSB) para as pastas de Cultura, Educação, Fazenda, Saúde e Segurança Pública.

Fabrício Noronha assume secretaria estadual de cultura do Espírito Santo   — Foto: Raphael Marques/ Assessoria Casagrande

Fabrício Noronha assume secretaria estadual de cultura do Espírito Santo — Foto: Raphael Marques/ Assessoria Casagrande

Quais suas propostas para a pasta?

“Temos uma visão transversal da Cultura. É a cultura que conecta as pessoas em torno de sonhos, causas, desejos e transformações. Queremos colocar a cultura e suas ferramentas mobilizadoras a serviço das transformações urgentes do nosso estado. Fortalecendo também, através da economia criativa, novas possibilidades de troca e renda.

Desta maneira, num primeiro momento, seguiremos diagnosticando as dores e dialogando com o setor, para criarmos políticas públicas para ecossistema da cultura”.

O que a população pode esperar para a cultura capixaba nos próximos 4 anos?

“Um dos grandes desafios é a criação e expansão de políticas públicas para além dos consolidados editais.

Os fazedores e trabalhadores da cultura precisam de um ecossistema mais frutífero, com outras formas de financiamento e interface com a iniciativa privada. Trazer a diversidade, principalmente da cultura popular e das periferias, para o centro desse debate. Mostrar que o nosso valor está justamente nessa efusão de cores e modos de fazer. Potencializar, portanto, os valores ancestrais e conectar-se aos novos jeitos. Inovar, olhando para todos os territórios”.

Com oito anos de atraso, a obra do Cais das Artes, está paralisada, tem previsão para ser finalizada em 2020, custando R$ 100 milhões a mais do que o orçado. Em quase uma década de espera, a construção se tornou símbolo de obra parada e descaso com a cultura do estado. O que será feito com a construção e quais são os planos da nova gestão para o espaço?

“O governador Renato Casagrande tem assinalado publicamente o interesse na finalização da obra e na busca de uma solução de gestão e financiamento plural para o espaço.

Estamos diante do maior equipamento que a cultura capixaba já viu e o desafio é proporcional. Trabalharemos no diálogo com o setor sobre os modelos possíveis de gestão para o espaço, trazendo o Banestes e outros parceiros, como assinalou o governador, para esse front.

Além disso, apontar a ocupação do espaço para o sentido transversal da cultura, trazendo Educação, Turismo e Ciência e Tecnologia imediatamente para esse desafio”.

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