Universidade colabora para criar sistema de indicadores culturais (MG)

Publicado em – https://ufmg.br/ – 06/11/2019

UFMG colabora para desenvolver sistema de indicadores culturais de BH. Dirigentes e professores participam de seminário, no Conservatório, que apresenta e debate o projeto

Conservatório UFMG sedia seminário sobre novo sistema

Conservatório UFMG sedia seminário sobre novo sistema – Lucas Braga / UFMG

 

A UFMG vai participar ativamente das ações relacionadas ao Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIIC), iniciativa da Secretaria de Cultura de Belo Horizonte. Uma das vertentes dessa parceria, que se dá no escopo de acordo de cooperação recém-celebrado entre a Universidade e a pasta, é a construção de metodologia para o alcance de métricas eficientes para a economia da cultura.

Dirigentes e professores da UFMG participam, desde ontem (terça, 5 nov 19), no Conservatório UFMG, de seminário para apresentação e discussão de temas correlatos ao SMIIC. A reitora Sandra Regina Goulart Almeida compôs a mesa de abertura do evento, e o diretor de Ação Cultural, Fernando Mencarelli, acompanha as atividades. Hoje pela manhã, especialistas de Minas Gerais e outros estados debateram pesquisa e mapeamento na área e observatórios de políticas culturais.

De acordo com Mencarelli, o esforço de desenvolvimento do sistema tem status de prioridade na UFMG, que tem interesse no assunto “não apenas porque integra o conjunto de equipamentos e iniciativas culturais na capital, mas também na medida em que se trata de ótima oportunidade de criar novas frentes de pesquisa em áreas diversas como ciência da informação, estatística e ciências sociais”. Técnicos da Diretoria de Ação Cultural já compõem grupos de trabalho montados para a elaboração do SMIIC.

A professora Ana Flávia Machado, professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, participa de mais discussões sobre indicadores da economia da cultura. Pesquisadora no campo da economia criativa, experiente em pesquisas de campo e utilização de bases de dados secundários, ela defende a importância de métricas para quantificar produção e consumo de cultura e o mercado de trabalho ligado ao setor.

“Diferentemente de outros setores, de produção tangível, a cultura é marcada por diversidade de manifestações e heterogeneidade de vínculos e formas de organização. Há iniciativas individuais e coletivas, patrocinadas por agente públicos ou por empresas”, comenta Ana Flávia. Ela acrescenta que, quando se pensa em consumo e fruição de bens culturais, é preciso considerar também a necessidade de garantir acesso a parcelas da população que não têm recursos sequer para o deslocamento até as áreas centrais. “Uma das formas de minimizar essa falta é levar as manifestações artísticas a novos espaços da cidade.”

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