Cultura paulista escolhe seus representantes para encarar secretário

Jotabê Medeiros – publicado em https://farofafa.cartacapital.com.br/

Mais de 500 coletivos, artistas, produtores culturais, mandatos parlamentares e outras instituições da cultura ou relacionadas ao setor escolheram ontem os seus 10 representantes que participam nesta quarta-feira, 11h, em reunião online, de debate com o secretário Estadual da Cultura e da Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão.

A pauta que será levada pelos coletivos culturais será a retomada do diálogo permanente, além da retomada imediata do Programa de Ação Cultural (ProAC), que foi suspenso pelo governo de João Doria. Além desses dois pontos, a adoção de um plano de emergência cultural no Estado, para enfrentar a situação de pandemia, que abranja os anos de 2021 e 2022 (levando-se em conta estudo da FGV e do Sebrae que prevê no mínimo 2 anos para a plena recuperação).

A reunião de hoje é decorrência de um desafio lançado pela Frente Ampla para a Defesa da Cultura e da Economia Criativa de São Paulo, que acusa falta de diálogo com o governo paulista na condução da política cultural do Estado. Sá Leitão aceitou debater e a frente se articulou para escolher os representantes (além de três convidados especiais, observadores do diálogo). São eles:

  1. Alessandro Azevedo, ator e palhaço. Militante cultural, Rede Estadual dos Pontos de Cultura, Movimentos Culturais de São Paulo e Aliança Pró Circo. Integrante dos GTs de Coordenação Geral, Políticas das Artes e Jurídico-Parlamentar da Frente Ampla Cultura SP.

2. Bell Galvão, gestora de projetos, coordenadora do “Coletivo Bela”, Membro do Fórum Paulista de Pontos de Cultura e da Comissão Nacional de Pontos de Cultura. Integrante também dos Fóruns Estadual e Municipal de Emergência Cultural LAB de São Paulo. Integrante dos GTs de Coordenação Geral, Políticas das Artes e Comunicação da Frente Ampla Cultura SP.

3. Caio Martinez Pacheco, ator, diretor e produtor, fundador da Trupe Olho da Rua e da Vila do Teatro em Santos. Integrante da Frente Ampla de Cultura da Baixada Santista, de Fóruns de Cultura de Santos e Região, e também do Fórum de Cultura do Litoral, Interior e Grande SP (FLIGSP) . Integrante do GT de Coordenação Geral e Políticas das Artes da Frente Ampla Cultura SP.

4. Danilo Cesar, historiador, produtor e gestor cultural, com experiência de mais de 20 anos de atuação em organizações socioculturais no Estado de São Paulo, com ênfase na sua atuação em políticas de memória e do patrimônio histórico, material e imaterial, cultura para a juventude periférica. Foi um dos idealizadores e segue como um dos coordenadores da Rede Apoio Covid (www.redeapoiocovid.com.br). Tem família paterna em Marília-SP, mas é nascido e criado na capital, integrante dos Fóruns Estadual e Municipal de Emergência Cultural LAB de São Paulo, um dos idealizadores da Frente Ampla em Defesa da Cultura SP (integrando seus GTs de Coordenação Geral, Jurídico-Parlamentar e de Comunicação).

5. Larissa Biasoli, bacharel em Artes Cênicas pela UNICAMP e especialista em Administração de Artes e Diplomacia Cultural. Criou em 2013 Sorella Produções Artísticas em Ribeirão Preto, e atua em diferentes frentes como produção executiva, gestão de projetos e captação de recursos pelo especialmente pelo interior do estado de SP.Já trabalhou como coordenadora de produção da etapa SP do XV Festival do Teatro Brasileiro – Cena Paranaense em 2013 e Cena Baiana em 2014. Fez a coordenação de produção e circulação do Grupo Barracão Teatro de Campinas em 2016 por 40 cidades brasileiras pelo Programa Palco Giratório do Sesc e em 2018 realizou e coordenou a produção do Fórum Internacional sobre novas mídias e tecnologia Mediamorfosis na cidade de São Paulo. Atua na elaboração de projetos e captação de recursos via leis de incentivo fiscais nas 3 esferas: estaduais, federais e municipais para projetos de diferentes áreas (teatro, música, dança, artes plásticas, literatura e audiovisual). É captadora de recursos para o Centro Cultural Aliança Francesa de São Paulo desde 2018 e sócia do site Cultura e Mercado desde janeiro de 2021. Integra os GTs de Coordenação Geral e Jurídico-Parlamentar da Frente Ampla Cultura SP.

6. Márcio Boaro, dramaturgo e encenador. Mais de 30 anos de teatro, autor reconhecido com diversas montagens de seus textos. Atuante no movimento de teatro de grupo desde o início dos anos 90, faz parte da Cooperativa Paulista de Teatro e do SATED – Sindicato dos Técnicos e Artistas do Estado de SP. Foi responsável do MinC pelo setorial de artes cênicas para região Sudeste durante o governo Dilma. Participou de diversas comissões de prêmios nós âmbito local e federal. Várias vezes contemplado com o fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo e Prêmio Zé Renato. Um dos idealizadores da Frente Ampla Cultura SP (integrante dos GTs de Coordenação Geral, Jurídico e Parlamentar).

7. Rita Teles, atriz, produtora, arte educadora e artivista multilinguagens no Núcleo Coletivo das Artes Produções Ltda, integrante da Coalizão Negra Por Direitos, uma das idealizadoras e integrante dos Fóruns Estadual e Municipal de Emergência Cultural LAB de São Paulo, eleita como representante da sociedade civil na execução da Lei Aldir Blanc no Município de SP. Integrante do GT de Coordenação Geral e de Ações Afirmativas da Frente Ampla Cultura SP.

8. Ronaldo Bianchi tem mais de 45 anos dedicados à gestão nos segmentos, agro, cultural, industrial e de serviços, com carreira profissional dedicada à administração de organizações privadas, governamentais e de terceiro setor. A partir de 1997, passou a dedicar-se ao trabalho de administração em entidades culturais, como Memorial da América Latina, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Itaú Cultural. Em 2007, foi Secretário Adjunto da Secretaria Estadual da Cultura. Em 2010, atuou na TV Cultura. Titulação: Graduação em Administração Pública FGV-SP, pós graduação MBA-USP, Executivo Internacional e mestrado na PUC – SP. Membro dos Conselhos – IPT e Empasa. Foi um dos fundadores do PSDB, partido ao qual se mantém filiado. Integra os GTs de Coordenação Geral e o Jurídico-Parlamentar da Frente Ampla em Defesa da Cultura SP.

9. Sarah Mascarenhas, jornalista de Santos-SP, produtora e apresentadora do programa Hora do Sabbat que vai ao ar pelas rádios: Graviola.com, Pagu.com.br, Brasil Atual 98,9FM, Armazem.net, Eixo.com.br, BaixadaSantista.com.br e Alma Londrina entre outros portais. Atualmente também trabalho como assessora de imprensa de artistas e projetos culturais como Dr Crazy One Mad Band, Os Mutantes entre outros. Mais uma co-fundadora do RADIALIVRES. Integra o Fórum de Cultura do Litoral, Interior e Grande SP (FLIGSP) e tb GT de Coordenação Geral da Frente Ampla Em Defesa da Cultura SP.

10. Tião Soares, mestre em Educação, doutor em Ciências Sociais, pós graduado em Gestão e Políticas Culturais, professor universitário e um dos coordenadores do Fórum Nacional das Culturas Populares e Tradicionais. Conselheiro da Unifesp, Coordenador de Cultura e Relações Institucionais da Fundação Tide Setubal (2005 a 2012); ex-Secretário de Cultura de Itapecerica da Serra, entre outras experiências. Integra os GTs de Coordenação Geral, Jurídico-Parlamentar e de Política das Artes da Frente Ampla Em Defesa da Cultura SP.

Os convidados especiais são:

  1. Deputada Estadual Professora Bebel, presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa. Maria Izabel Noronha nasceu em Piracicaba-SP, é professora, sindicalista e política brasileira.  É Deputada Estadual, eleita em 2018 com 87.169 votos. Preside a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa. É também Presidenta da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo de São Paulo. É membro da Executiva Nacional da CUT – Central Única dos Trabalhadores. Foi Secretária Geral da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

2. João Batista de Andrade, ex-Secretário Estadual de Cultura na gestão Geraldo Alckmin,  diretor e produtor de cinema e televisão, roteirista e escritor brasileiro. No ano de 1981, ele recebeu o Kikito de melhor roteiro por “O Homem que Virou Suco” (1980), filme que logo a seguir ganhou um dos maiores prêmios do cinema brasileiro, a Medalha de Ouro de Melhor Filme no Festival de Moscou/1981. Em 1983, causa forte impressão ao desmistificar violentamente a ilusão da abertura democrática em “A Próxima Vítima”, um de seus melhores filmes. Em 1987 ganhou quase todos os prêmios do festival de Brasília, com o polêmico “O país dos tenentes”(com Paulo Autran) com temática ligada ao fim do regime militar. No ano seguinte recebeu o que faltou em Brasília, o prêmio de Melhor Filme no RioCine. Em 22 de maio de 2017 assume o Ministério da Cultura em decorrência da renúncia de Roberto Freire. Pediu demissão em carta ao presidente Michel Temer. Criou a Lei da Cultura (ProAc) com editais e incentivos para a produção cultural. Em 2012 foi nomeado Presidente da Fundação Memorial da América Latina. Tem proximidade histórica com partidos que vão do antigo PMDB e PPS, atual CIDADANIA, o PC do B e também o próprio PSDB, embora não filiado a nenhum deles, numa trajetória independente.

José Luiz Penna, ex-Secretário Estadual de Cultura, empresário, músico e político brasileiro. Ingressou no Seminário Livre de Música da Universidade Federal da Bahia e como ator, integrou o elenco da primeira montagem do musical Hair. Como cineasta, foi o responsável pela direção musical de filmes como “Sargento Getúlio” e “A Fronteira das Almas”, ambos dirigidos por seu irmão Hermano Penna. Como cantor e compositor, compôs melodias como “Comentário a Respeito de John”, em parceria com Antônio Carlos Belchior. Em São Paulo, atuou em duas montagens ícones: Arena conta Zumbi e Hair. Paralelamente à carreira artística, impulsionou projetos de natureza sociocultural e ambiental. O primeiro foi a criação do Centro Cultural de Vila Madalena, referência municipal na promoção de festejos de rua, como a tradicional Feira da Vila, evento que ajudou a emprestar ao bairro os traços de agito cultural e boêmia que obteve nos anos posteriores. Foi o Centro Cultural da Vila Madalena que possibilitou a mobilização por intervenções urbanas e paisagísticas destinadas à elevação da qualidade de vida no bairro e em seu entorno. A principal delas foi a criação, em meados dos anos 90, do Parque Villa Lobos. Fundou a Comissão Pró-Índio de São Paulo, organização não-governamental dedicada à luta pelos direitos civis indígenas e comunidades de quilombos remanescentes. O contato com as comunidades pavimentou o caminho que o uniu a ecologistas e outros segmentos da sociedade civil para a formação do Partido Verde, em 1987. Em 1999, foi eleito presidente nacional do PV, em 2008, foi eleito vereador e em 2010, foi eleito deputado federal, ambas eleições em São Paulo pelo PV. Em 30 de março de 2017, o governador Geraldo Alckmin nomeou-o secretário de Estado da Cultura, cargo que ocupou por cerca de um ano. Atualmente é Presidente Estadual do Partido Verde (PV) de São Paulo

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